NETINHO MATINADA, VOCÊ NÃO MORREU, VOCÊ ENCANTOU!!!



QUE TRISTE NOTÍCIA!
Todos os dias acordo religiosamente um pouco antes das cinco horas e mecanicamente ligo o rádio na MONTANHEZA, 93,5 FM. Com poucos minutos de programação, vem a notícia que eu e muitos ouvintes não gostaríamos de receber.” FALECEU NESTA MADRUGADA O NETINHO MATINADA!!!” O locutor quase chorando...
 CONFESSO ter sofrido um ligeiro descontrole emocional, que me levou a permanecer imóvel por alguns minutos, como se absorvendo aquela informação e torcendo para que não fosse verdadeira. Mas, infelizmente, era.
Pus me   a meditar:
Não morreu somente o Netinho Matinada. Morreu também a sua alegria contagiante. Seu jeito único de contar uma história, levando uns tantos minutos a mais do que qualquer outro para florear o mesmo causo.

Morreu também aquela recepção calorosa no “MEU CLUBE”, o Matinada, conforme ele falava de boca cheia. Sem falar que morria ao mesmo tempo aquele frango com arroz de tempero inigualável, que só ele sabia cozinhar.
Morreu junto a ele aquele fervoroso torcedor  do Cruzeiro Esporte Clube de Belo Horizonte, que ele aprendeu a torcer quando ainda estudante em Belo Horizonte, na década de 70, década de Ouro do Clube Celeste. Diziam as más línguas que o Netinho não tinha ido para a Capital a fim de estudar, mas para acompanhar a construção do Mineirão, pois sabia de cor quantas sacas de cimento e quantas toneladas de ferro foram gastas para erguer aquele fantástico Estádio, local de muitas glórias do seu eterno amado, CRUZEIRO.

Morreu naquele momento o famoso QUEIJO DO NETINHO,  o melhor do muuuundo. De fato, o seu queijo era de sabor inigualável e nunca faltava nas rodas de violeiros, onde a famosa cachaça do Tião Rabelo se fazia sempre presente, abrindo o paladar da turma para uma cervejinha e, depois, um bom pedaço do queijo do Netinho. Esse a gente comia sem precisar...


É mentira! Não morreu nada disso não! Nada que veio de você Netinho nunca Morrerá porque você soube fazer amigos. Você soube cativar as ´pessoas de qualquer idade. Você soube cultivar uma boa relação com os seus vizinhos, haja vista que  falta fará ao Zé Machado e Dona Idalice, onde você ia permanentemente saber do passadio de ambos, só para citar um caso.
Para a sua família você será sempre ETERNO, nas boas lembranças do esposo, pai amigo e carinhosos que sempre foi.
Oa seus causos, jamais morrerão. Eles irão sobreviver e garantirão a sua sobrevivência, pois serão registrados na memória de cada um de nós e em alguns escritos haverão de cravá-los no PANTEÃO DA HISTÓRIA.
Ouvi muitas, mas registrarei neste momento triste, para alegrar a nós todos aquela que você me contou várias e repetidas vezes e a cada uma delas eu gostava mais.
Chegou no meu clube, (não citarei o nome do personagem, em respeito ao próprio Netinho), o fulano de tal. Era meu freguês. Constantemente ele por lá passava e tomava cervejas, comia do meu frango com arroz, tomava um banho de água fria e depois seguia a sua viagem. Ótima pessoa e um grande amigo.
Num certo dia ele chegou, como de costume, pediu logo uma cerveja bem gelada. Eu o servi do jeito que ele gostava, pois, a gente acaba por conhecer o gosto de cada freguês. Notei que ele já tinha bebido bastante no lugar de onde veio. Estava bem tocado. E, foi uma. Mais outra. Servi uns pedaços de frango para tira gosto e ele pouco comeu, e continuou bebendo.
Esse amigo andava sempre muito bem vestido, bem penteado. Zeloso com o seu visual. Neste dia vestia uma boa calça e uma camisa dessas de booootiiiiqueee, muuuuito chiiiique mesmoooo.(tentando imitar o inimitável. Não era assim que ele gostava de enfatizar os seus causos?) Era uma camisa de mangas compridas, segundo ele, de um tecido muito caro. Mas, chiiique mesmo! Era dessas que só servia para vestir por dentro das calças, pois o seu comprimento dava no curvão das pernas.
Depois de umas tantas cervejas, ele me chamou num particular e me disse que precisava ir ao banheiro. Eu disse a ele, pois vá. Você sabe onde é.  E ele dirigiu-se ao banheiro.
Eu fiquei observando, pois ele já estava cambaleando de tanta bebida e o meu banheiro (WC) é desses de cadeia pública, não tem o vaso, é somente o lugar de colocar os dois pés e ficar agachado

Passados alguns minutos ele me chamou, dizendo que precisava de mim lá dentro do banheiro. O seu chamado insistente me apressou. Quando entrei no banheiro, me deparei com uma cena de horror. Como eu disse que o meu banheiro é daqueles que não tem vaso, no ele agachar ele levou consigo as fraldas da camisona chiiique, de botiqueee, que ficaram presas nos seus curvões, pressionadas pela popa. Quando ele deu fé tinha cagado na camisa toda. E, o ´pior foi quando ele foi me mostrar o que fez, rodou a camisa no corpo para que eu visse e aí ele esparramou bosta no corpo inteiro.
Me deu um trabalhão danado para atravessar com ele dentro do Clube e jogar ele dentro das águas do Pirapetinga, que deve de tá fedendo até hoje...
VÁ COM DEUS NETINHO!!!
 HAVEREMOS DE NOS LEMBRAR SEMPRE DE VOCÊ!!!

Marciano Borges de Melo




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