HELIO PEREIRA GUIMARÃES FOI O SEXTO PREFEITO DE VAZANTE TENDO COMO VICE SR ODUVALDO DAYREL
O Prefeito Helio Peeira Guimarães e o Secretárioi Narciano Borges de Melo |
Pela primeira vez a convenção partidária, com a finalidade de escolher os
Candidatos à Prefeito e Vice-Prefeito, foi bastante conturbada.
Como relatado nos antecedentes do pleito passado, foi firmado um pacto com
o presidente do partido, Afrânio Alves Rosa, no sentido de que o próximo prefeito
seria o Hélio.
No entanto, o ex-
prefeito, Gustavo Solis Rosa decidiu concorrer na Convenção querendo novamente
se candidatar, alegando precisar estar na Prefeitura para ter melhores chances
numa futura candidatura à Deputado, que era a sua pretensão.
O Vice Prefeito Sr.Oduvaldo Dayrel |
NAQUELES
BONS TEMPOS OS HOMENS ERAM ASSIM, HONESTOS E CUMPRIDORES DA PALAVRA DADA!!!
O pleito
do Prefeito Hélio não foi um pleito comum, foi um PROJETO DE GOVERNO,
que tínhamos já há muito anos formatado. Ainda jovens, desde os tempos de
futebol nos campos do Amoreiras, vínhamos mantendo conversações sobre o nosso
futuro político, o que foi acontecendo no decorrer do tempo. Primeiro as nossas eleições para a Câmara
Municipal na legislatura 67/70; daí, seria a escalada
do Hélio para a Prefeitura e depois seguiríamos, dentro do nosso grupo político à frente do Executivo
Municipal, sendo esbarrado no pleito de Antônio Secretário, o que até, de certa
forma, foi bom. Seriam apenas dois anos, insuficientes para o que pretendíamos executar.
No ano
de 1.972, quando aconteceu a
Convenção e, consequentemente as eleições. De março até o final de setembro eu
estava em Brasília, para onde me transferi a fim de fazer o Supletivo do Segundo Grau, que me possibilitaria a adentrar numa Faculdade e que era o meu objetivo. Mesmo
de longe, continuava ligado nos acontecimentos e o
Hélio sempre me dava as notícias. E, sempre, confirmava comigo que, se eleito fosse, eu teria de retornar para darmos andamento ao nosso PROJETO
DE GOVERNO.
E assim
aconteceu. Antes das eleições retornei para Vazante, após aprovado nos exames
do Supletivos e fomos preparando para cumprir os nossos objetivos.
A
primeira obra realizada na Administração Hélio/Oduvaldo, foi a instalação da
Torre metálica no morro do Seu José Virgílio, onde foram colocadas as antenas
receptoras e transmissoras do sinal da TV TRIÂNGULO, levando aos lares
vazantinos, pela primeira vez, um sinal televisivo, que foi muito comemorado e
até hoje utilizado. Eu tinha trazido
o meu Televisor de Brasília e, por isso, o
historiador Oliveira Melo em um dos seus livros sobre Vazante, deu-me com o dono do primeiro
aparelho de Televisão
da história de Vazante.
Ainda
no primeiro ano foi criada e construída a Escola Municipal “Mariana Solis”, no
bairro Jardim Regina, em uma área então suburbana, dando lugar a muitas
críticas por ser muito distante,
fora
do lugar, etc; o que, em pouco prazo, ficou sendo área central, devido ao
crescimento acelerado da cidade.
Merece
ser destacado o fato de que a verba para a construção dessa Escola foi
conseguida quando eu ainda estava em Brasília, antes das eleições e da posse do
Hélio. Meu irmão, Oscar Eustáquio de Melo, era funcionário do Ministério de
Planejamento. Assim sendo, ele morando comigo na minha casa em Brasília e me
disse da possibilidade de conseguir verbas para construir escolas em Minas
Gerais. Então eu solicitei a ele que incluisse a nossa cidade como uma das
contempladas, pois já era previsível a eleição do Hélio e seria então
construída na sua gestão, como foi.
Vocês terão de ter muito fôlego, pois muitas coisas boas virão... Vamos para
o setor da EDUCAÇÃO:
A
já falada Escola Mariana Solis; a criação do Curso Técnico de Contabilidade,
anexo ao Curso Normal da Escola Municipal “ Dolores Alves Rosa”; Criação da
Biblioteca Municipal, “Carlos Drummond de Andrade”; Construção em alvenaria de
todas as Escolas Municipais, sem exceção e, finalmente a construção da Escola
Estadual PEDRO PEREIRA GUIMARÃES, que funcionava precariamente no mesmo prédio
da Escola Dolores
Alves Rosa, no antigo
prédio ainda construído pelo outro grande
prefeito, Otavio Pereira Guimarães.
Ainda na área
urbana,
Paralelamente,
após a edição do Planejamento Rodoviário Municipal, cuidávamos das estradas
municipais, tendo adquirido uma nova moto niveladora (patrol). Após várias
incursões junto ao Departamento de Estradas (DER) Minas Gerais, conseguimos a
construção da LMG 706 – ligando Vazante a BR 040.
Foram construídas várias pontes,
inclusive a Ponte
sobre o Rio Escuro, na recém construída rodovia, ligando a BR
040. Essa rodovia é de
fundamental
importância, pois corta o município no sentido longitudinal quase de ponta a ponta,
servindo a uma parte grande do nosso território. Pena que até
hoje não passou por nenhum melhoramento, mesmo após a ascenção de Antônio
Andrade na cúpula da política do Estado, nada foi feito. E, hoje, constitui-se em
um enorme problema, estando atualmente quase intransitável, para o desespero
dos moradores nas regiões por onde ela passa.
Diante
da necessidade de um local de atendimento na área da saúde, mesmo com a
construção e instalação de um pequeno Hospital, foi criada a FUNDAÇÃO
MUNICIPAL DE SAÚDE e a construção do primeiro Posto de Saúde – O POSTO
DE SAÚDE CENTRAL, situado na rua Alves Rosa, em frente
para o SICOOB. Foi
construída, também, o Posto de Saúde de Vazamór, mantendo ali funcionários da área de saúde, fazendo
vacinações, pequenos curativos e recebendo visitas periódicas de médicos.
Diante da necessidade, conseguiu e assinou convênios com o INSS e o FUNRURAL,
para dar assistência medica a nossa população. (mais adiante falaremos sobre o
Hospital N.S. da Lapa).
Urgia acelerar
o progresso. Para os vazantinos movimentarem os seus
haveres, seja pagando e ou recebendo, necessitava de se deslocar até a
Paracatu, Coromandel, ou Patos de Minas, cidades que contavam com
estabelecimentos bancários. Diante dessa situação, procuramos a direção do BANCO
MERCANTIL DE MINAS GERAIS, posteriormente, BANCO MERCANTIL DO BRASIL
e expusemos a nossa necessidade e salientamos o nosso potencial financeiro. A
Diretoria do Banco, acreditando no que foi dito, imediatamente determinou aos
seus funcionários competentes que fizessem o devido levantamento e, em pouco
prazo, foi instalada a primeira agência bancária da nossa cidade. Foi um
momento de muita euforia e festa. O nosso povo vendo que a cidade estava agora
inserida no rol das cidades que destacava em
toda a região. Paralelamente criou-se um correspondente bancário do
Banco do Brasil de Paracatu.
No âmbito
das comunicações, criou e construiu a AGÊNCIA DOS CORREIOS, situada na
confluência das ruas Alves Rosa e João Cláudio, onde até hoje permanece.
Para
servir a uma fatia enorme da produção agropecuária foi dada uma grande contribuição e incentivo para a instalação de um posto de
resfriamento de leite da NESTLÉ, que foi de muita importância não só para os vazantinos como para a região.
Antevendo
a possibilidade do asfaltamento da cidade, - pois já era impossível a
convivência com as ruas poeirentas, foi concedido o serviço de água para a COPASA,
que perfurou as ruas,
espalhando a necessária tubulação em todo o perímetro urbano. Nessa época a
COPASA era uma excelente parceira, com tarifas módicas e a Empresa tinha cunho
social, diferentemente do que hoje representa para a população.
O prefeito
Hélio Pereira Guimarães retornou da Europa, onde permaneceu por dois meses,
onde em Madri, capital Espanhola
participou de um importante curso de Administração Pública, ministrado pelas
maiores autoridades mundiais. Nesse período, assumiu a Prefeitura o seu
vice-prefeito, ODVALDO DAIREL, que deu continuidade e andamento em todos os
serviços e obras públicas que estavam em curso.
Foi muito bom trabalhar com o SR Oduvaldo que, além de amigo, era uma pessoa
meiga, serena e de uma convivência
invejável. Tem de se ressaltar que ele era sempre informado pelo prefeito de
todos os projetos, e sempre consultado, colaborando efetivamente com a sua
competente participação. Foi parceiro em tudo.
Retornando
o Prefeito, da Europa, urgia dar andamentos céleres nos trabalhos finais de
tudo o que foi projetado. O principal era viabilizar verbas para a construção
da REDE DE
ESGOTOS SANITÁRIOS, projetados pelo então
prefeito, Gustavo Solis Rosa, que atingia a cidade como um todo e o seu escoamento até ao Ribeirão Santa
Catarina. (naqueles tempos era permitido).
-
Era uma obra gigantesca para o tamanho da arrecadação do município -.
Deu-se o início de uma verdadeira via sacra em todos os gabinetes
governamentais, sempre esbarrando em negativas,
alegando que o Governo não dispunha de verbas, etc. As Autarquias, naquela
época, situavam-se todas no Rio de Janeiro,
ainda não tinham
sido transferidas para Brasília. Por essa razão tivermos de ir várias
vezes até a Cidade então Maravilhosa, para falar com diretores do Banco do Brasil, de Ministérios e de
outras Autarquias, sempre com o pires na mão, buscando viabilizar recursos.
Depois de muitas dificuldades conseguimos um pequeno empréstimo junto ao Banco
do Brasil e outro junto a extinta Caixa Econômica Estadual, graças as
intervenções do Deputado Sebastião Alves do Nascimento, o Binga – pai do
ex-deputado Elmiro Nascimento – e do então presidente da Caixa, o
coromandelense Hugo Aguiar.
Com essas pequenas contribuições, que representavam cerca de
um quarto do valor da obra, ficou
decidido que a colocaríamos em Licitação. Foi um arrojo, muita coragem
mesmo, o valor que foi empreitado a obra, que até hoje me lembro, o dinheiro investido na época, foi de
1.245.000.000(um milhão, duzentos e quarenta e cinco mil), que representava
mais do que todo o orçamento da Prefeitura naquele ano. Mas a vontade era maior
do que o medo e a obra foi concluída e paga, ainda com tempo suficiente para
partir para o asfaltamento das ruas.
OUTRA NOVELA...
Para
coroar esse Projeto de Governo ainda restavam duas grandes realizações para fechar com chave de ouro. Uma delas era cobrir o maior número possível de
ruas da cidade com o tão
sonhado asfalto. Era uma obra desejada, necessária, mas, naquele tempo,
muito cara. Como sempre era preciso buscar a parceria com a sociedade.
Conseguimos encontrar uma empresa que concordou em realizar o asfaltamento das
ruas na base da parceria, ou seja, a prefeitura pagava um terço da obra, enquanto
os moradores da via asfaltada arcavam com os outros dois terços,
divididos em partes iguais para cada testada da propriedade contemplada. Para isto montou-se um escritório com funcionários
previamente preparados para explicitar o formato da parceria e já
ir efetuando os orçamentos de cada um, formatando contratos e colhendo
documentos garantidores da obra. Os pagamentos foram divididos em prestações
mensais e sucessivos, tendo sido de uma aceitação extraordinária. Todos queriam
ver o asfalto nas suas portas. A cidade tomava
status de cidade.
Muito orgulho para todos nós.
Para
fechar essa gloriosa administração, após longas e intermináveis reuniões junto
ao Ministério da Saúde e do FUNRURAL, conseguimos a construção do HOSPITAL
MUNICIPAL, á época com 30 leitos
e todas as demais acomodações necessárias a um nosocômio daquele perfil e, naquela ocasião,
suficiente para suprir as
nossas necessidades. Esse não conseguimos
inaugurar, pois a sua construção delongou
mais do que o previsto
e, por isso, foi posto em funcionamento pelo sucessor do prefeito
Hélio Pereira Guimarães, o eleito, Valdevino Machado Guimarães, outro grande Chefe do Executivo
Municipal.
Além
de todas essas realizações tão necessárias, ainda foram gastas horas e horas em
constantes reuniões, correndo atrás de viabilizar uma ligação asfáltica ligando
Vazante à Patos ou Paracatu, outro sonho da população. Desde essa época,
também, começamos reivindicar junto ao Tribunal de Justiça de Minas Gerais a
criação da nossa Comarca. Mas não foram em vão essas
incursões,
pois seguidos pelos sucessores do Hélio, com os mesmos objetivos, daí há alguns
anos esses benefícios vieram.
O prefeito
Hélio Pereira Guimarães e seu vice, Oduvaldo Day
TUDO
ISSO SEM SE FALAR NA FAMIGERADA PALAVRA: CORRUPÇÃO!!!
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