DR.MARCIANO IDEALIZOU A CRIAÇÃO DO LATICINIOS VAZANTE, HOJE QUATÁ!!!


Os produtores de leite, dentre os quais me incluía na época, passávamos por uma situação insuportável, diante dos parcos compradores do produto que situavam no nosso município. Éramos deveras vulneráveis, ficando nas mãos das empresas que adquiriam o leite da região, que nos ofertava e pagava o preço que bem quisessem. Elas mantinham um procedimento dos mais prejudiciais a classe produtora, que era a remuneração com base na época do fornecimento. 

Exemplificando, o leite coletado nos meses de abril a setembro, por exemplo, que é o período de pastagens secas, quando o fazendeiro é obrigado a fornecer alimentação suplementar às vacas, o preço é de X. Quando chega o tempo das águas, quando as pastagens são abundantes, o preço seria de um determinado valor para a média da quantidade de leite tirado naquele período, enquanto o restante daquela quantidade era remunerado por pouco mais da metade. Era o chamado leite cota e o leite extra cota.
Diante daquela situação, inconformados com a situação, reunimos um grupo de vinte produtores de leite e procuramos o Laticínio Ipanema, que funcionava precariamente na região urbana da cidade, para formarmos um grupo forte e construir um laticínio em local adequado, para enfrentar essa situação imposta pela principal compradora da época, que era a Nestlé.

Ficou estabelecido que os sócios de São Paulo, que já exerciam a atividade em Vazante, ficariam com cinquenta por cento das cotas e nós,os vinte fazendeiros, com os outros cinquenta por cento, divididos em partes iguais.

Fui escolhido por unanimidade para administrar a Empresa recém-criada, com a incumbência de construir a nova fábrica e a captação de leite.
Zico Painha,Geraldinho Carneiro e José Antonio Machado
Contando com a colaboração dos funcionários já existentes, o Zico Painha, que é o pai do Deiler e da Cleusa, que até hoje ainda é funcionária do Laticínios. Contando, também, com a colaboração dos meus gerentes, José Antônio Machado e Geraldinho Carneiro, pusemos mãos a obra. Adquiri os lotes de terreno e em pouco tempo construímos a nova fábrica, com escritório e a captação de leite. Foi um sucesso. Conseguimos exterminar a maldita diferença no preço do leite, extinguindo o leite cota e extra cota. Aumentamos o número de contratação de funcionários e indiretamente aumentaram também os trabalhadores no transporte de captação de leite, pois conseguimos dobrar em pouco tempo a quantidade de fornecedores. PENA que durou pouco tempo. Os sócios eram muitos e as ideias divergentes levou a dissolução da sociedade, quando vendemos as nossas cotas para os sócios, Carlos e Taveira, os quais transformaram a pequena fábrica num exemplar complexo industrial, que se posiciona em Vazante como o segundo maior empregador privado do município, gerando mais de duas centenas de empregos diretos e outro tanto de indiretos.

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